October 13, 2003

Carta Aberta ao ICEP: Portugal, Marcas & Afins

É incrível a quantidade de literatura e de mentes que opinam sobre o tema. Como tal este é mais um pequeno contributo, um insight de como Portugal se deve posicionar enquanto País credível , cuja confiança de global brands (como por ex: Fred Perry, Gant, Clarks, Boss, etc. ) está depositada nas nossas mãos.

A imagem dos produtos portugueses lá fora é má. Que surpresa! É um daqueles factos da vida, dizemos nós. Enquanto um fato ou um par de sapatos produzidos em Itália valem mais por serem italianos, o mesmíssimo fato ou os mesmíssimos sapatos feitos em Portugal valem menos por serem portugueses. Mas uma coisa completamente diferente, sucede quando esses produtos deixam de ser meros commodities e são vendidos como marcas globais, cujo posicionamento de qualidade e prestígio é incontestável. Quando um fato leva uma etiqueta "Hugo Boss" em cima de uma etiqueta "made in Portugal", o mesmo fato transforma-se e ganha uma dimensão intangível na mente do consumidor. É um fato Hugo Boss, não interessa se foi feito em Portugal ou não. Não podemos reclamar a componente do prestígio, pois isto é uma consequência do branding da marca, mas podemos reclamar a qualidade do produto que a torna numa marca percepcionada como boa e reconhecida lá fora.

Então porque não beneficiarmos de um efeito de free-riding que estas global brands fabricadas pelas mãos de Portugueses, nos podem proporcionar? A nossa vantagem competitiva está nesta "alavancagem". É díficil marcas criadas em Portugal serem percepcionadas lá fora como boas ou de prestígio, como tal a única solução é publicitar marcas internacionalmente reconhecidas (poupando-nos o trabalho do posicionamento na mente dos consumidores) mas cujos produtos foram fabricados em Portugal.

Fica aqui o contributo do Hidden Persuader ©, com o seguinte copy:



"What's the difference between these labels? None. They're all made in Portugal."

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