July 23, 2007

Quem quer comprar?

Com o declínio do formato "one-stop shop", o primado da conveniência e o fim dos longos corredores consumidores de tempo, o aumento da frequência de compras por parte do consumidor português, o cabaz cada vez mais recheado com produtos de várias insígnias ... quem é que quer comprar uma cadeia de hipermercados, cujo formato está a ficar "ultrapassado" e cujo volume de vendas é menor que o Minipreço?

14 comments:

Anonymous said...

Para o Continente, que é dado como interessado, é uma questão de aproveitar recursos e infra-estruturas em certas áreas e localizações chave. Mas concordo que é o hipermercado é um formato que está em declínio, talvez seja por isso que a Sonae tem apostado mais ultimamente nos supermercados Modelo.

CP said...

Resposta típica de uma criança ou de um tipo endinehirado e sem a mínima noção de estratégia: Porque ter mais é sempre bom. Variante= Porque SIM!

Anonymous said...

Nem sempre ter mais é sinónimo de racionalidade ou ser-se melhor. Primeiro é interessante tentar perceber porque é que o Carrefour está a vender o seu negócio em Portugal. O que correu menos bem? O que podia ter sido feito? Se o Continente ou o Jumbo comprar o Carrefour o que fazer às lojas que estão na mesma área de influência? O Carrefour em algumas localidades do país tem bombas de gasolina, se calhar ...

Anonymous said...

Está a leilão ou tem preço fixo?

Aceitam trocas? (tenho um amplificador e um baixo em bom estado...)

Pode-se experimentar antes de comprar?

Tem garantia?

Em que estado está?

Há acessórios especiais?

Posso ver fotos?

Anonymous said...

ahahahaha eu tenho uma loja de aspiradores, posso fazer uma permuta?

Anonymous said...

Daqui a 10-15 anos vamos ter uma nova geração de consumidores que vai comprar tudo online. As cadeias de retalho vão-se resumir a pequenos pontos de venda localizados estrategicamente que satisfazem a necessidade de conveniência.

Anonymous said...

"Insígnia". Ah. já não ouvia esse palavra desde que fazia campanhas para o Modelo/Continente. (Ia dizer "bons velhos tempos", mas contive-me a tempo).

Anonymous said...

o Caguefugue é espectaculague... mas é uma palavga muito dificil de dizêgue.

pguefi-go o integuemagueché ou o mini pguêço.

fixe?

Anonymous said...

A Sonae quer.

Anonymous said...

A Sonae com esta jogada ganha dimensão e quota de mercado e claro, postos de gasolina ;) No enatnto continua a ter a grande ameaça dos Lidl e Minipreço à porta de casa.

Pedro said...

Em primeiro lugar o Minipreço tem 400 lojas e o carrefour 12...Portanto argumentar que se está a comprar uma empresa só porque tem menor facturação é no mínimo estupido.. Aconselho a entender o conceito de margem. Em segundo lugar, o Carrefour está a sair de portugal porque se está a debater com um problema de massa crítica... A dificuldade de escalabilidade está obviamente a dificultar o crescimento.. E num cenário de guerra total de preços, "quem tem mais, é rei!".. Nesse sentido, aliar a qualidade do serviço carrefour a um grande operador nacional é um excelente oportunidade, ainda por cima quando foi comprado a desconto (3,5xEBITDA quando a média do sector é superior).. por último e para os amantes das compras online daqui a 15 anos, até este modelo começar, o actual vai continuar a libertar muito dinheiro.. No dia que se entenda que esse é o caminho, e esse dia vai ser claro, a migração ocorrerá facilmente..

Anonymous said...

Ó Pumbas vê-se logo que tiraste um MBA no INSEAD. Se o Minipreço tem mais de 400 lojas e o Lidl vai a caminho, é porque a procura por parte dos portugueses de lojas discount tem aumento de ano para ano. Logo é natural que a oferta tenha que acompanhar a procura. Já o mesmo não se passa com os hipermercados. O Continente para crescer e ganhar dimensão teve que ir às compras, foi pelo caminho mais curto. Aliás há uma outra questão aqui bem interessante: o perfil do consumidor Carrefour é bem diferente do consumidor do Continente (socio-economico e demograficamente falando). Será que o Continente julga que vai herdar os mesmo número de clientes?

Pedro said...

Caríssimo Harvard alumni, eu não disse que o modelo de negócio do continente era o vencedor. Mas também não digo que é o modelo do LIDL.. Digo sim que é um híbrido entre os dois. Mas já lá vamos. Quanto à compra do Continente, o caminho mais curto neste momento era único caminho. O carrefour tem doze lojas e mais 15 licenças (principalmente mini-hipers) e se não fosse para a Sonae iria para a Jerónimo Martins. As dificuldades de crescimento orgânico são limitadas uma vez que os grandes pólos urbanísticos já estão ocupados e assim sendo a aquisição é uma solução de crescimento óbvia… É verdade que os clientes são diferentes mas nada impede que cada hipermercado continue a manter a sua “identidade” local.. E até acredito, fruto da nossa economia e do posicionamento Continente, que capte mais clientes do que o Carrefour.
Quanto ao modelo vencedor a prazo estou perfeitamente de acordo que este género de one-stop de consumo vai tender a perder predominância que actualmente tem mas não desaparecer. Os próprios hard-discounts estão a encontrar dificuldades porque os clientes cativos que têm começam a ter necessidade de produtos Premium, daí começarem aparecer Skips e CocaColas no Lidl e Plus. Tendencialmente atingir-se-á um equilíbrio, onde a maior maior parte da cota de mercado se encontrará nos soft-discounts (pingo doce e afins). São supers com uma variedade de produtos reduzida, com fortes marcas próprias e com um produto líder por categoria. A sua menor dimensão e perfil “bairrista” são vantagens competitivas difíceis de igualar. Isto para dizer que a Sonae a prazo não poderá ter todos os ovos no mesmo cesto (modelo de negocio de hipers) e deverá diversificar para áreas comerciais mais pequenas e mais próximas do clientes final. Não me surpreenderia que dentro de dois/três surgisse uma compra do Leclerc ou de alguns supermercados do intermarchê… Mas isso é outra conversa! Um abraço

Anonymous said...

Já começamos a ter os hiper-discounters (Feira Nova) e o premium discounters (Pingo Doce).